Câmara aprova redução de comissionados em última reunião do período

por Victor Vargas — publicado 22/06/2016 00h00, última modificação 08/11/2018 14h56
Por maioria de 2/3 (por ser matéria financeira), a Câmara Municipal de Caruaru aprovou, na reunião pública...

Por maioria de 2/3 (por ser matéria financeira), a Câmara Municipal de Caruaru aprovou, na reunião pública realizada na noite desta terça-feira (21), dois projetos de lei complementar e um de resolução que vão alterar a estrutura organizacional da Casa e reduzir o número de cargos comissionados. “Quando assumi a presidência, em 2013, havia quinze assessores por vereador. Reduzimos para oito e agora, a partir de janeiro de 2017, serão apenas quatro assessores por parlamentar. Estamos enxugando a estrutura da Casa aos poucos”, explicou o vereador Leonardo Chaves (PDT), presidente do Legislativo.

Além dos projetos de lei complementar e de resolução – que não necessitam de sanção do Executivo, por serem medidas da própria Casa – a Câmara aprovou toda a pauta de votação prevista na súmula com a Ordem do Dia, com cinco projetos de lei (todos do vereador Eduardo Cantarelli, do PMDB, para nominação de ruas), treze requerimentos e uma indicação.

Entre as proposituras aprovadas, destaque para a do vereador Heleno do Inocoop (PRTB), para calçamento em várias ruas das Rendeiras; as do vereador Jajá (PSDC), para saneamento no Sítio Encanto e iluminação pública na ponte que liga o Colégio Sagrado Coração à Feira da Sulanca; as do vereador Eduardo Cantarelli, para construção de cemitério em Cachoeira Seca e obras de saneamento e calçamento em várias localidades do município; a do vereador Lula Tôrres (PDT), direcionada ao governo do Estado, para reforço no policiamento ostensivo na Vila de Peladas; e a do vereador Edjailson da Caru Forró (PRTB), que solicita da Destra que os veículos com placas de outra cidade ou estado que estejam estacionados no entorno do Pátio de Eventos, no período dos festejos juninos, não sejam multados.

Tribuna – A tribuna da Casa foi movimentada nesta terça-feira. O primeiro a falar foi o vereador Heleno do Inocoop, que criticou a prefeitura pelas condições precárias em que estão alojados os policiais militares que vieram de outros batalhões para reforçar a segurança durante os festejos juninos. “Meus companheiros policiais estão dormindo como animais, largados no chão de um alojamento sem estrutura nenhuma”, reprovou Heleno.

Em seguida, o vereador Jajá (PSDC) subiu à tribuna e fez um fervoroso pronunciamento sobre a notícia de sua condenação, junto com os outros nove vereadores citados na Operação Ponto Final I. “Não vão conseguir me calar enquanto eu estiver nesta Casa. Não vão me calar sobre esses desvios de dinheiro, esses roubos, esses desfalques. O prefeito tem que dar uma satisfação à sociedade de Caruaru. Não me intimido. Processo e cadeia não vão me calar”, assegurou o parlamentar.

Também na berlinda, os vereadores Louro do Juá e Eduardo Cantarelli (ambos do PMDB), fizeram sua defesa. “No mundo de Caruaru, você é condenado sem provas. Nunca peguei nada que não era meu”, declarou Eduardo Cantarelli. Louro do Juá disse acreditar na justiça e que os culpados vão pagar pelo que fizeram. “Estou muito tranquilo, creio na justiça divina. Ela tarda mas não falha. A verdade vai aparecer. Eles vão se arrepender do que fizeram conosco”, afiançou o vereador.

Os valores dos cachês pagos a artistas contratados para se apresentar no São João voltaram a ser foco de críticas. O líder da oposição, vereador Gilberto de Dora (PSDB), defendeu a criação de uma comissão parlamentar para apurar a questão. “Foram apenas três bandas, que deixam um rombo de mais de meio milhão de reais”, sublinhou Gilberto. “Alcymar Monteiro já havia denunciado, em 2013, que artistas assinavam contrato por um valor e recebiam bem menos.  A prefeitura está respondendo a 17 processos judiciais – a maioria por superfaturamento. Eu já vi prefeito cassado por menos que isso”, completou o oposicionista.

Esta foi a última reunião pública ordinária do período. O recesso parlamentar, previsto por lei, tem início nesta quarta-feira (22) e vai até o dia 31 de julho. Durante esse tempo, não serão realizadas as reuniões públicas, mas o expediente e o atendimento ao público permanecem normais, de segunda a sexta, das 7h às 13h.

Guanabara Comunicação/AscomCâmara
Foto: Gabriela Kopinits/AscomCâmara
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