Audiência Pública discute políticas públicas para população em situação de rua

por Risoni Santos — publicado 16/08/2021 08h40, última modificação 16/08/2021 09h04
Colaboradores: Dyego Mendes
Audiência Pública discute políticas públicas para população em situação de rua

Foto: Vladimir Barreto

O vereador Leonardo Chaves (PSDB) foi o propositor da Audiência Pública que discutiu, nesta sexta-feira (13), a situação dos centros de acolhimento concentrados no Bairro Indianópolis. Os presentes discutiram políticas públicas que visem solucionar a criminalidade no local. Discursaram atores de todos os setores envolvidos na questão trazendo à tona análises sobre possíveis abordagens para a temática.

A ocasião reuniu moradores e empresários do bairro, representantes do Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua (Centro POP); da Casa de Acolhimento Institucional para Adultos e Famílias em Situação de Rua (Albergue Municipal) e do Programa Atitude do Governo Estadual. 

Representando a população de rua, participou o articulador do Movimento Nacional da População em Situação de Rua de Pernambuco, José Nilton, que trouxe em seu discurso um apelo em prol da conscientização para que se tenha uma visão mais humanista acerca da população de rua e suas peculiaridades.  

Também estiveram presentes algumas autoridades, entre elas: o deputado estadual Tony Gel; o secretário municipal de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, Carlos Braga; o presidente da Casa, Bruno Lambreta (PSDB); a vereadora Perpétua Dantas (PSDB); os vereadores Leonardo Chaves (PSDB), Jorge Quintino (PTB), Irmão Ronaldo (PROS) e Mano do Som (DEM). Além de Caio Sousa, professor universitário e membro da Comissão de Direito Parlamentar da OAB/PE e membro Consultivo do Comitê Estadual Pop Rua. Os presentes discutiram políticas públicas que visem solucionar a criminalidade no local, além de outros pontos.

O Presidente da Casa Bruno Lambreta afirmou que a Câmara de Vereadores de Caruaru não é contra qualquer tipo de assistencialismo, mas que é preciso que gestores dialoguem e encontrem medidas eficazes para a solução do problema. 

Chaves afirmou que enquanto morador do bairro, tem recebido queixas da população envolvendo as pessoas em situação de rua que frequentam os centros de acolhimento.  Entre as queixas estão: assaltos, arrombamentos, uso de drogas nas imediações e depredação do patrimônio. 

O representante do Movimento Juntos pelo Indianópolis, Antônio Preggo, falou sobre a situação da casa de sua mãe, moradora do Indianópolis. Afirmou que a residência foi depredada e que os assaltos e arrombamento são frequentes na região. O representante disse ter conversado com alguns frequentadores dos centros e que os mesmos afirmaram que não são eles que cometem os crimes e que podem apontar os criminosos. Preggo ainda falou sobre a complexidade da situação, já essas pessoas além de estarem em situação de rua, ainda pagam por crimes que não cometeram. “É preciso encontrar uma solução que atenda os dois lados”, disse Antônio. 

O  secretário Carlos Braga afirmou que tem 150 profissionais trabalhando em torno dessa pauta e que a situação se agravou ainda mais com a pandemia da Covid-19. Braga ressaltou que essas pessoas não têm onde morar e que elas precisam de acolhimento e é isso que a gestão tem feito. Com relação ao pedido de transferência e descentralização dos centros, o secretário afirmou que o decreto nº 7.053/2009, do Governo Federal, proíbe a instalação desses equipamentos em locais de difícil acesso e distantes dos centros urbanos. Carlos ainda frisou que a pasta está aberta ao diálogo, para que juntos consigam encontrar medidas eficazes. 

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