Audiência pública com feirantes e governo debate desafios e futuro da Feira da Sulanca

por Yan Lucca publicado 05/05/2025 16h58, última modificação 05/05/2025 16h58
Proposta por Silvio Nascimento, reunião reuniu vereadores, representantes de feirantes e secretários municipais para debater desafios e demandas da Feira de Caruaru
Audiência pública com feirantes e governo debate desafios e futuro da Feira da Sulanca

Foto: Vladimir Barreto / CMC

Feirantes cobram melhorias em audiência pública sobre comércio no Centro e no Parque 18 de Maio

Nesta segunda-feira (5), o Poder Legislativo realizou uma audiência pública para discutir o comércio no Centro e no Parque 18 de Maio. O debate foi proposto pelo vereador Silvio Nascimento (PL), por meio do Requerimento n.º 15/2025, e reuniu representantes do poder público, de entidades de classe e de trabalhadores da Feira de Caruaru.

Mesa contou com representantes do governo e associações de feirantes

A audiência foi presidida pelo presidente Bruno Lambreta (PSDB) e teve como participantes:

  • Manoel Júnior, secretário de Feiras de Caruaru;
  • Fátima Amaral, presidente da Associação União dos Sulanqueiros (AUS);
  • Pedro Moura, presidente da Associação dos Sulanqueiros e Feirantes de Caruaru (ASFAC).

Também estiveram presentes os vereadores Cabo Cardoso, Mano do Som, Tafarel, João Neto, Carlinhos da Ceaca e Gil Bobinho. Representando o Executivo municipal, participaram os secretários Vital Florêncio (Serviços Públicos), Coronel Patrício (Segurança Pública), Jaime Anselmo (Desenvolvimento Econômico), além do presidente da AMTTC, Coronel Nóbrega. Os gabinetes dos vereadores Júnior Letal e Jorge Quintino também enviaram representantes.

Feira de Caruaru enfrenta desafios de estrutura e diálogo com o poder público

Na abertura, o vereador Silvio Nascimento destacou a importância histórica e econômica da Feira de Caruaru, mas criticou a perda de protagonismo ao longo dos anos. “Com o passar dos anos nós estamos perdendo o protagonismo, nossa feira tem diminuído”, afirmou.

Silvio destacou a visita técnica que fez à feira de confecções de Santa Cruz do Capibaribe, citando elementos como cobertura, piso, câmeras e banheiros. Segundo ele, embora o reordenamento feito pela Prefeitura tenha pontos positivos, também gera descontentamento entre os comerciantes. “A feira é o coração da economia”, afirmou, ao defender melhorias estruturais.

O secretário Manoel Júnior apresentou ações realizadas pela pasta em 2025, como a requalificação do Estacionamento da Viúva, melhorias na rede elétrica e a criação de um espaço de acolhimento para crianças e adolescentes. Entre as próximas iniciativas, anunciou a realização de um censo com os comerciantes do Parque 18 de Maio e a construção da Rua Saldanha da Gama, para melhorar o acesso ao local.

Representantes das associações denunciam multas e queda de público

Fátima Amaral cobrou soluções para os setores Brasilit e dos Importados, citando dificuldades com multas aplicadas a ônibus de excursão: “Não vamos parar. Começamos agora e nós vamos resolver com o prefeito, os vereadores. Vamos lutar e reerguer a nossa feira”, declarou.

Pedro Moura reforçou as críticas, lembrando que a luta por melhorias em conjunto com os comerciantes já dura décadas. Segundo ele, a atual gestão realizou algumas intervenções positivas, mas ainda falta escuta qualificada. “Quem faz a feira de Caruaru forte são os senhores [sulanqueiros]”, declarou.

Vereadores pedem mais diálogo com feirantes

Durante as intervenções parlamentares, houve consenso sobre a necessidade de ouvir os trabalhadores da feira. Gil Bobinho afirmou que os sulanqueiros têm sido deixados de fora do planejamento da gestão.

Os vereadores Cabo Cardoso, Tafarel, Carlinhos da Ceaca e Mano do Som reforçaram a importância da escuta popular. Representando o gabinete de Júnior Letal, Welter Duarte alertou para o risco de diminuição da feira caso as demandas não sejam atendidas.

Sulanqueiros aproveitam a audiência para reforçar reivindicações

Após as falas das autoridades, feirantes e sulanqueiros utilizaram a tribuna para apresentar demandas e relatar os impactos das mudanças no dia a dia do comércio. As falas reforçaram o apelo por infraestrutura, participação nas decisões e atenção do poder público à principal atividade econômica do município.

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