Secretaria de Saúde faz prestação de contas na Câmara

por Victor Vargas — publicado 01/10/2015 00h00, última modificação 08/11/2018 14h51
A Secretaria Municipal de Saúde realizou, nesta quarta-feira (30), mais uma audiência pública de prestação...

A Secretaria Municipal de Saúde realizou, nesta quarta-feira (30), mais uma audiência pública de prestação de contas na Câmara Municipal de Caruaru. Presidida pelos vereadores Rodrigues da Ceaca (PRTB) e Jaelcio Tenório (PRB), líder do governo na Casa Jornalista José Carlos Florêncio, a audiência teve a participação dos secretários de Saúde, Aparecida Souza, e de Governo, Rui Lira, além de representantes do Conselho Municipal de Saúde, integrantes do governo municipal e os vereadores Rosimery da Apodec (DEM), Heleno do Inocoop (PRTB), o líder da oposição Antonio Carlos (DEM), Bruno Lambreta (PSD) e Edjailson da Caru Forró (PTdoB).

Na audiência, a Secretaria de Saúde apresentou os resultados dos serviços prestados pela prefeitura no último quadrimestre, detalhando os investimentos feitos e os atendimentos realizados na rede municipal. De acordo com os dados, aPrefeitura de Caruaru aplicou, nos últimos oito meses, R$ 43.003.000,00 – R$ 13.900.000,00 a mais do que deveria investir no setor. Segundo o que determina a lei, a prefeitura tem que destinar 15% da sua receita para a área da saúde, mas a crise econômica que atinge também o SUS forçou o governo municipal a aplicar mais do que isso para poder continuar atendendo à população. “Embora não haja risco imediato, os serviços podem ser prejudicados porque a arrecadação própria da prefeitura também será impactada pela crise, mais cedo ou mais tarde”, analisou a secretária Aparecida Souza, que já avisou que a prefeitura não tem recursos para construir novas unidades de saúde este ano.

Um dos serviços mais prejudicados pela crise foi o SAMU, que presta atendimento não apenas a Caruaru, mas a outros 52 municípios do Agreste, e hoje é custeado pela prefeitura. “Se a situação do  SAMU é a mais dramática, por sua característica, outras áreas da média complexidade também carecem de suporte financeiro. Estamos trabalhando junto à Secretaria Estadual e ao Ministério da Saúde na expectativa de cobrir o custeio básico. No momento, nosso atendimento da Atenção Básica ultrapassa mais de 60% da população de Caruaru, girando em torno de 200.000 pessoas, predominantemente de baixa renda”, concluiu a secretária.

“Mesmo sendo de oposição, temos que reconhecer que houve ultimamente uma diminuição muito grande daquelas cobranças que tínhamos”, disse o vereador Antonio Carlos, que apresenta um programa de rádio e viu que as reclamações da população com os serviços de saúde prestados pelo município diminuíram.

O vereador Rodrigues da Ceaca concordou com a avaliação do colega democrata e ressaltou o esforço da prefeitura em prestar um bom atendimento, mesmo em meio à crise. “A Lei Complementar nº 141 determina que tem que se gastar no município 15% da arrecadação e a Prefeitura de Caruaru está gastando entre 25 a 26%, o que é muita coisa, pois nós temos 64 unidades de saúde em pleno funcionamento e, na época em que nós estamos, na realidade  de uma crise que está acontecendo no País, não é quase todas as cidades que podem chegar a esse ponto”, externou o parlamentar.

Guanabara Comunicação/AscomCâmara
Foto: Divulgação/PMC

 

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