Jajá pede a intervenção da Câmara Municipal no caso das lavanderias

por Victor Vargas — publicado 28/05/2014 00h00, última modificação 08/11/2018 14h44
Dezenas de pessoas lotaram as galerias da Câmara Municipal de Caruaru, na noite desta terça-feira...

Dezenas de pessoas lotaram as galerias da Câmara Municipal de Caruaru, na noite desta terça-feira (27). Eram proprietários e funcionários de lavanderias em funcionamento no município. Com cartazes e faixas nas mãos, eles chamaram a atenção dos vereadores para um prazo estabelecido pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE). Eles terão até o dia 10 de junho para assinar um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) que prevê mudanças na forma como esses empreendimentos funcionam atualmente.

No TAC, cada um deles terá que optar entre a permanência da empresa no local onde funciona atualmente (respeitando alguns critérios estabelecidos pelo MPPE); ir para uma área do Distrito Industrial (o terreno será doado pela Prefeitura de Caruaru); passar a funcionar na zona rural (em um local que não possua residências nas proximidades); ou fechar.

Durante seu discurso, o vereador Jajá (sem partido) defendeu a ampliação do prazo para que os donos de lavanderias em funcionamento no município possam decidir sobre o futuro dos seus empreendimentos. “A maioria dessas pessoas afirmam que não há tempo suficiente para tomar uma decisão. Acredito que nós, vereadores, poderemos procurar o Ministério Público para tentar sensibilizar o promotor”, afirmou, na tribuna. “Sugiro que uma comissão possa ir lá, ainda esta semana, para tratar do assunto, para que essas pessoas tenham um pouco mais de tempo”, complementou o parlamentar, interessado em contribuir com a causa.

AINDA NA TRIBUNA – Outro assunto abordado pelo parlamentar na noite desta terça foi a saúde pública. Jajá mencionou que ele e outros dois vereadores, Ranilson Enfermeiro (PTB) e Demóstenes Veras (PROS), estiveram com a secretária Aparecida Souza, na sexta-feira (23), para tratar de problemas na rede municipal de saúde.

Ele criticou os recentes investimentos na melhoria da infraestrutura, ao afirmar que “não adianta ter equipamentos modernos, sem médicos”. “Porque esta é a realidade do nosso município. Os problemas na saúde pública continuam, e parece que os gestores não se importam”, argumentou. 

O discurso acabou gerando comentários dos vereadores Eduardo Cantarelli (SDD), que chamou a atenção para a dificuldade de atrair profissionais da área para o município; e do próprio presidente da Casa Jornalista José Carlos Florêncio, o vereador Leonardo Chaves (PSD), que preferiu destacar os investimentos feitos na saúde pública pelo Governo Federal (cerca de 6% dos recursos), que são bem menores que a média dos países desenvolvidos (em torno de 14%). 

AI/vereador Jajá

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